segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014


OBEDECENDO AOS NOSSOS PASTORES

 “Obedecei a vossos pastores, e sujeitai-vos a eles; porque velam por vossas almas, 
como aqueles que hão de dar conta delas; para que o façam com alegria 
e não gemendo, porque isso não vos seria útil"
Hebreus 13:17

          Outro terrível e prejudicial engano, que tem se instalado na mente de cristãos em nossos dias, é a idéia de que devem viver uma vida com Deus sem a necessidade de pastores, sendo esta a verdadeira vida de comunhão com o Senhor. O texto desta postagem nos revela que não é isto que a Palavra de Deus nos ensina. Além da necessidade de pastores, as Escrituras nos exortam à obedecê-los, sujeitando-nos à eles. A razão desta obediência e sujeição é o fato de que eles velam por nossas vidas e darão conta delas à Deus. Termos outra atitude, oposta à esta, contraria o que Deus nos ensina e prejudica nossas vidas, trazendo sofrimento aos que labutam no pastoreio. O que tem gerado atitudes contrárias ao pastoreio, são idéias de pessoas que deturpam as Escrituras, transtornando a Igreja e contribuindo para a rebeldia de muitos, além do prejuízo espiritual. Grupos e pessoas, que não se submetem à autoridade pastoral, influenciam cristãos ingênuos, em especial os novos na fé, com suas idéias que dividem e nunca unem. Alguns são movidos por um desejo de estabelecerem seus próprios "rebanhos", ainda que formado com ovelhas de outros apriscos. Lobos em pele de ovelha, enganando e destruindo ovelhas que deixam de seguir seus pastores, ovelhas até sinceras, mas incautas, presas em potencial.
          A palavra às ovelhas, em relação à atitude que devem ter para com seus pastores, será sempre esta: obedecei e sujeitai-vos à eles, pois vigiam suas vidas para protegê-las. O oposto disto não vem de Deus, mas da carne e do próprio Mal. Nem o princípio do sacerdócio individual de cada regenerado, entra em conflito ou desfaz a necessidade do pastoreio genuíno.
          Nesta certeza, aprendamos e guardemos o que Deus nos ensina sobre este tema, rejeitando toda idéia que fuja do que ensinam as Escrituras Sagradas; quando não fazemos assim, nos tornamos sérios candidatos à rebeldia e vida sem nenhum cuidado estabelecido por Deus, sobre as mesmas; os apriscos são destruídos e os pastores, que velariam por nossas vidas, desprezados e rejeitados por nós mesmos, ovelhas que seriam as mais beneficiadas por seus ministérios e serviço.
          Que Deus, em Cristo, O Sumo Pastor, restabeleça nos corações das ovelhas, a verdade que Ele mesmo ensinou, sobre o valor do pastoreio e a necessária submissão ao mesmo.


sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

OS ABUSOS EM NOME DE DEUS

"No passado surgiram falsos profetas no meio do povo, como também surgirão entre vocês falsos mestres. Estes introduzirão secretamente heresias destruidoras, chegando a negar o Soberano que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição.Muitos seguirão os caminhos vergonhosos desses homens e, por causa deles, será difamado o caminho da verdade.Em sua cobiça, tais mestres os explorarão com histórias que inventaram. Há muito tempo a sua condenação paira sobre eles, e a sua destruição não tarda" 
(2 Pedro 2:1-3)

          É lamentável notar o quanto tem crescido o número de abusos cometidos, se usando o nome de Deus. São abusos de todos os tipos, desde o engano de ensinamentos errôneos, deturpando-se o que diz a Bíblia Sagrada (creio que a origem da maioria dos erros), até a exploração da fé popular, como se fosse um objeto de consumo, como tantos outros, que é ofertado por um preço, geralmente alto. O que antes era feito nos guetos dos templos, por lideranças sem nenhum temor à Deus, hoje é praticado abertamente, em horário nobre, usando-se a mídia como meio de alcançar uma clientela maior. Técnicas seculares de convencimento e manipulação de pessoas, unidas às de venda, são vistas claramente nos vendilhões da "fé", verdadeiros lobos travestidos de ovelhas. Unido à tudo isto, as carências de um povo sofrido, o nosso povo brasileiro, que agarra-se às falsas promessas como um náufrago se agarra ao que acredita poder lhe salvar das águas turbulentas que o arrastam sem direção. Junta-se o olhar do aproveitador às necessidades dos que já sofrem muito, tendo pouco ou quase nada, que terminam sem nada mesmo, materialmente e espiritualmente, quando os olhos se abrem e a verdade é vista. Em meio à tudo isto, aqueles que desejam, de fato, cumprir com o chamado de Deus, de testemunhar o verdadeiro Evangelho de Cristo, são colocados junto com aqueles, em uma enganosa generalização.
          Urge, em meio à tantos enganos, a necessidade de regenerados que continuem na caminhada, sem perder a fé, acreditando que há um Senhor soberano à frente da Obra, que a faz florescer e prosperar, independente do que façam os homens sem escrúpulos, nos arraiais da fé.
          Deus continua fazendo a pergunta que fez ao profeta: "Quem enviarei? Quem irá por nós?" (Isaías 6:8), àqueles que Ele mesmo regenerou com o objetivo de serem suas testemunhas neste mundo, ao povo que ainda não conheceu Sua graça em Cristo Jesus. Ele tem escutado o nosso "Eis-me aqui. Envia-me!" ou o silêncio de quem vê o engano se espalhar e nada faz? 
          Que Deus encontre em cada um de nós, testemunhas comprometidas com Ele e a verdadeira mensagem do Evangelho da cruz, testemunhas de Cristo.


terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

O ENGANOSO ABANDONO DOS TEMPLOS

 “E todos os dias, no templo e de casa em casa,
não cessavam de ensinar, e de anunciar a Jesus, o Cristo”

Atos 5:42

          Gradativamente tenho visto, com tristeza e preocupação, os cultos nos templos de muitas igrejas sendo abandonados, por idéias equivocadas sobre os mesmos, quando são considerados cultos sem a graça que teriam, se fossem celebrados em outro lugar. Nas páginas da Bíblia vemos, claramente, a valorização do templo como lugar de comunhão com Deus. Nosso Senhor Jesus Cristo, nosso Exemplo maior, considerou e chamou de "minha casa" (Mateus 21:13; Lucas 19:46) e "casa de meu Pai" (João 2:16), o templo de Jerusalém, frequentando-o desde a mais tenra idade, sem ter nenhum problema com isto. Seu exemplo foi seguido por seus primeiros discípulos e pela Igreja primitiva, que iam ao templo adorar a Deus, junto com outros irmãos (Atos 2:46; 3:1; 5:20,21,42). Mesmo o modelo de Igreja em Grupos Familiares ou Células, não ensina o abandono do templo, mas utiliza o mesmo como local onde todos os membros e congregados devam se reunir, em adoração conjunta. Assim o fazem as denominações que estão sendo bem sucedidas, neste modelo de Igreja, fato observado por quem já esteve visitando uma delas. Como cristão e pastor, gostaria muito de ver todas as pessoas que frequentam os grupos familiares, também frequentando os cultos no templo, reunidos como Igreja e Corpo de Cristo, para juntos adorá-lo, neste lugar que Deus nos concedeu. Minhas palavras tem o propósito de despertar e exortar, em amor, para que sigamos o exemplo de Cristo e dos fiéis que foram antes de nós, adorando a Deus em todos os lugares, inclusive no templo. Sabemos que o lugar de adoração não é o mais importante, mas a atitude do adorador, conforme nos ensinou Cristo, em seu diálogo com a mulher samaritana, registrado no Evangelho segundo João. Diante da preocupação da mulher com o lugar onde se deveria adorar a Deus, Cristo ensinou que Deus está à procura de verdadeiros adoradores, que o adorem "em espírito e em verdade" (João 4:23,24), mas isto não significa que o templo deva ser desprezado e abandonado. Templo, casa ou qualquer outro lugar, não são o fator mais importante, servindo todos, igualmente, à Igreja reunida para adorar o Deus onipresente. Nenhum deles deve ser idolatrado ou desprezado, dois extremos equivocados sobre lugares.
             Portanto, que adoremos a Deus, em todo tempo e lugar, em espírito e em verdade.
        

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

A EUFORIA PASSAGEIRA DOS EVENTOS CRISTÃOS

"Não se aparte da tua boca o livro desta lei; antes medita nele dia e noite, 
para que tenhas cuidado de fazer conforme a tudo quanto nele está escrito; 
porque então farás prosperar o teu caminho, e serás bem sucedido" 
(Josué 1:8)

          Em mais de trinta anos na fé cristã, já participei de muitos eventos, para várias faixas etárias e mesmo grupos específicos da Igreja (jovens, adultos, homens, mulheres, pastores, professores, seminaristas, entre outros) e observei algo comum em todos eles: a euforia passageira, naturalmente gerada por aquilo que ocorria nessas ocasiões. Durante o evento, todos ou a maioria dos participantes parecem ter suas vidas transformadas para melhor, de forma definitiva. Tudo é incrível e impactante, a depender do que acontece. Mas, depois que se retornava à vida cotidiana, à rotina, aquilo que parecia mostrar que as vidas mudaram, vai se desvanecendo, chegando a desaparecer em muitos casos. Por quê isto tende a acontecer? Por causa da idéia enganosa de que são eventos ocasionais que mudam nossas vidas. A verdade é que necessitamos de regularidade em nosso relacionamento com Deus, assim como precisamos nos alimentar todos os dias e mais de uma vez. Não há como manter uma vida saudável, física ou espiritual sem que, diariamente, nos alimentemos devidamente. Não mantemos nossa saúde espiritual, nos alimentando de festa em festa, mas todos os dias e de modo certo. Espiritualmente falando, é a mesma coisa: precisamos perseverar, sem euforias temporárias, em nossa comunhão com Deus e com a Igreja. Sem isto, os eventos, apesar de terem seu valor e importância, continuarão sendo apenas eventos, que nos darão a ilusão de estarmos bem, até que o tempo passe e tudo volte a ser como era. Por isto, mais que valorizar eventos, valorizemos a regularidade de uma vida de relacionamento com Deus, dia após dia, mantendo a fé e nela crescendo. 
          Que venham os eventos, mas que permaneça a regularidade de uma vida com Deus.